
A HSBC divulgou suas novas previsões para o mercado de ações europeu no segundo semestre de 2024, ressaltando a necessidade do aumento dos lucros para sustentar a tendência de alta dos preços diante de indicadores econômicos variados.
Segundo o HSBC, a situação está piorando à medida que as previsões de aumento nos lucros estão caindo.
A HSBC notou que as ações europeias tiveram um desempenho inferior em relação às ações globais no início de 2024, com o índice FTSE Europe ficando atrás dos índices FTSE US, Emerging e All World em 4,9%, 1,7% e 3,7%, respectivamente.
A previsão aponta para uma possível redução das taxas de juros no segundo semestre de 2024, porém, os motivos que levam a esses cortes de taxa podem impactar de forma relevante o desempenho do mercado.
Especialistas do HSBC indicam que setores sujeitos a ciclos econômicos, como o imobiliário, podem ser favorecidos por reduções nas taxas de juros mais ágeis do que as previstas. Por outro lado, o setor financeiro pode ser impactado negativamente caso essas reduções sejam interpretadas como uma reação à estagnação econômica, em vez de uma medida para controlar a inflação e promover um crescimento sustentável.
É importante observar que as avaliações no mercado europeu têm sido significativamente reavaliadas, resultando em um retorno de 26% em comparação com um modesto crescimento nos ganhos de apenas 5,1% neste ano.
No entanto, o HSBC observa que a previsão de crescimento do EPS para 2024 diminuiu de 5,8% no início do ano para 4,8% atualmente. Essa redução no crescimento dos ganhos leva o HSBC a ter cautela em relação à expectativa de que o desempenho de preço forte do primeiro semestre se repita no segundo semestre.
Em relação às preferências do setor, a HSBC opta por ter uma combinação de setores cíclicos e defensivos em excesso, destacando a Healthcare e a Industrial como principais escolhas devido ao seu grande potencial de crescimento e características de apoio em um cenário de redução das taxas de juros.
Adicionalmente, o HSBC prefere o mercado do Reino Unido devido à sua avaliação atrativa e à estabilidade política, sugerindo investir em ações de pequenas e médias empresas em vez de grandes empresas. Por outro lado, a França foi classificada com uma alocação menor devido à incerteza política em andamento.
Em resumo, embora o HSBC reconheça alguma possibilidade de crescimento no mercado, destaca a importância do aumento dos lucros para manter o atual impulso nas ações europeias.